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Bom para quem?
Quarta Sindical explica por quais motivos Ratinho Júnior quer privatizar as escolas
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Escrito por: Central Única dos Trabalhadores-PR
Quarta Sindical desta semana dá continuidade na pauta da luta pela educação pública. Na segunda-feira (03/06/2024) mais de 20 mil pessoas marcharam pelas ruas de Curitiba para dizer não ao projeto de Ratinho Júnior que pretende privatizar 200 escolas no Paraná. Mas a que interesses atende essa iniciativa? Quem sairá ganhando? Para analisar o projeto e suas consequências receberemos o professor e ex-presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão e o advogado, professor de Direito Administrativo e Pós-Doutor em Direito do Estado pela USP, Tarso Cabral Violin.
A direção da Central Única dos Trabalhadores do Paraná recebeu, com surpresa, a notícia de que o governo de Ratinho Júnior (PSD), demandou a prisão da Presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto. Baseado em coisa nenhuma com o reforço teórico da truculência e falta de diálogo, apenas o pedido, por si só, é um disparate e uma afronta ao estado democrático de direito.
O direito de greve é sagrado aos trabalhadores e trabalhadoras. É um instrumento legítimo e a única forma capaz de pressionar por melhores condições de trabalho, salários e, no caso da educação, por um ensino amplo, global e de qualidade. Ao atacar a APP-Sindicato e agora, pessoalmente, sua presidenta, o Governo Ratinho Júnior ataca, novamente, a educação pública do Paraná.
“Desde o início de sua primeira gestão Ratinho Júnior notabilizou-se pela falta de diálogo com os trabalhadores. Tentamos ser ouvidos durante a pandemia e durante diversos momentos para estabelecer pautas importantes para a classe trabalhadora e também, especificamente, para os servidores públicos. Nunca fomos ouvidos. Em contrapartida, empresários entram e saem do Palácio Iguaçu com a mesma desenvoltura e acesso que tem em seus próprios escritórios. Esse pedido de prisão é uma afronta à educação pública e também aos trabalhadores e trabalhadoras, de qualquer categoria, que lutam por seus direitos”, enfatizou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.
“Esse pedido confirma a truculência desse governo utilizando-se do poder desproporcional do estado contra a organização dos trabalhadores e das trabalhadoras da educação, e confirma as atitudes antissindicais e ilegais do governo.”, completou o secretário de comunicação da APP-Sindicato e também da Central Única dos Trabalhadores do Paraná, Daniel Matoso.
A APP-Sindicato publicou uma nota em seu site que reforça que todas as medidas já estão sendo tomadas para o cancelamento imediato desta aberração. Recentemente o Ministério Público do Trabalho (MPT, já havia determinado que o Governo do Paraná, sob gestão de Ratinho Júnior, cessasse imediatamente com o assédio moral praticado contra as trabalhadoras e trabalhadores da rede pública estadual de ensino.
A CUT Paraná reitera sua posição de apoio total e irrestrito à greve na educação pública estadual, assim como, reforça suas críticas ao Governo de Ratinho Junior. Situação que fica ainda mais evidente com esse ataque frontal a liberdade de greve e de luta. Ratinho Júnior cruzou o Rubicão e ficará marcado como um governador privatista, cujo apetite de vender ou terceirizar o patrimônio público só será comparado com a sua truculência e desrespeito aos trabalhadores e instituições que atuam, diuturnamente, em defesa da classe trabalhadora.